(Tiago
3.2)
Se
alguém não tropeça no falar, é perfeito varão, capaz de refrear também todo o
corpo. Ora, se pomos freio na boca dos cavalos, para nos obedecerem, também
lhes dirigimos o corpo inteiro. Observai, igualmente, os navios que, sendo tão
grandes e batidos de rijos ventos, por um pequeníssimo leme são dirigidos para
onde queira o impulso do timoneiro. Assim, também a língua, pequeno órgão, se
gaba de grandes coisas.
É engraçado como muitas vezes subestimamos o
poder da língua. Algumas pessoas têm em mente que para não serem omissas, devem
falar tudo que lhe vêm na cabeça. Mas não é assim que deve ser. A filtragem dos
pensamentos e das palavras deve começar na mente, e o produto dessa filtragem é o que a
língua deve expressar. Se o resultado não tiver verdade, necessidade ou bondade, é melhor nem
abrir a boca. Maledicência é o ato de falar mal de alguém, ou até mesmo de amaldiçoar.
Isso é algo tão sério que a própria palavra já diz que os maldizentes não
herdarão o reino dos céus (I Coríntios 6.10). E óbvio que isso
também vale para os fofoqueiros, pois afinal é tudo a mesma coisa.
Vede
como uma fagulha põe em brasas tão grande selva! Ora, a língua é fogo; é mundo
de iniquidade; a língua está situada entre os membros de nosso corpo, e
contamina o corpo inteiro, e não só põe em chama toda a carreira da existência
humana, como também é posta ela mesma em chamas pelo inferno.
Devemos ser muito, mais muito mesmo, cautelosos no
falar. Se soubermos usar corretamente a língua, todo o nosso corpo será domado.
Isso é incrível! A língua como pode se ver, tem um poder enorme, capaz de
dirigir o corpo e alma tanto para o bem quanto para o mal. Portanto, este
conselho cai como uma luva: Todo homem, pois, seja pronto para ouvir,
tardio para falar, tardio para se irar. Tiago 1.19
Pois
toda espécie de feras, de aves, de répteis e de seres marinhos se doma e tem
sido domada pelo gênero humano; a língua, porém, nenhum dos homens é capaz de
domar; é mal incontido, carregado de veneno mortífero. Com ela, bendizemos ao
Senhor e Pai; também, com ela, amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de
Deus. De uma só boca procede bênção e maldição.
Mesmo quem não pratica a fofoca ou a maledicência,
geralmente fala algo que não deveria e depois se arrepende. Porque o homem por
si só não tem forças para controlar a própria língua, mas com o poder da
transformação de Deus isso se torna totalmente possível.
Meus
irmãos, não é conveniente que estas coisas sejam assim. Acaso, pode a fonte
jorrar do mesmo lugar o que é doce e o que é amargoso? Acaso, meus irmãos, pode
a figueira produzir azeitona ou a videira, figos? Tampouco fonte de água
salgada pode dar água doce.
De fato a língua é venenosa. Mas se realmente o
Espírito de Deus habitar em nós, a maledicência e a fofoca não terá vez. Ou
seja, a velha língua venenosa, dará espaço para uma nova língua que edifica,
que abençoa, que auxilia. É assim que tem que ser. Pois, do Espírito Santo não
brota palavras torpes, muito pelo contrário, somente a verdade. Mesmo sendo
pecadores, de forma alguma devemos aceitar e praticar coisas que são
contrárias ao caráter de Deus. Se fizermos a nossa parte, Deus fará a dele.
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